Ata da 6ª Reunião Ordinária de 2015 da Câmara Municipal de Aiuruoca

Ata da 6ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Aiuruoca, realizada no dia 15 (quinze) de abril de 2015 (dois mil e quinze), no salão da Câmara Municipal, às 19h (dezenove horas). Presidente Willer da Silva Maciel, Vice- presidente Mário de Arimatéia dos Santos, Secretário Francisco Lázaro Corrêa. Aos 15 (quinze) dias do mês de abril do ano de dois mil e quinze (2015), reuniram-se os vereadores: José Mauro Amaral, João Batista de Frias; Antônio de Pádua Barros; Mauro dos Santos; Willer da Silva Maciel; Lázaro Hélio da Silva; Mário de Arimatéia dos Santos e Rafael de Andrade. Verificando a lista de presença e constatando o número regimental legal, o Sr. Presidente declarou aberta a Reunião convocada previamente. Em seguida, leitura e discussão da ata anterior que, após lida e aprovada, vai por todos assinada. Primeiramente, o Sr. Presidente justificou a falta do vereador Sr. Francisco Lázaro Corrêa que está de atestado médico por 10 (dez) dias por problemas de saúde. Dando sequência, discussão do Projeto de Lei 05/2015- Dispõe sobre a recomposição nos subsídios do Vereador da Câmara Municipal. O vereador Sr. Mário de Arimatéia dos Santos, relator da comissão de Constituição, Justiça e Redação, informou que, devido ao problema de saúde do vereador Sr. Francisco Lázaro Corrêa, participou da reunião de comissão o seu suplente, o vereador Sr. Antônio de Pádua Barros. Após discussões, o projeto de lei 05/2015 foi colocado em votação e foi aprovado por unanimidade de votos. Em seguida, distribuição do comunicado da AVEMAG que o Curso Prático da LDO, que seria realizado em 17/04/2015, foi transferido para o dia 24/04/2015. Dando continuidade, o vereador Sr. Mário de Arimatéia fez o uso da palavra sobre o perigo de reuniões informais realizadas na Câmara Municipal devido ao acontecimento com a Secretária de Saúde nesta Casa na sexta, dia 10. Ele expôs que, nesta administração, aconteceram algumas reuniões que deveriam ser gravadas e constadas em atas e não foram. Também forneceu alguns exemplos de reuniões informais que aconteceram na Câmara com o Prefeito, com o Ministério Público, com o Assistente Legislativo da Câmara, entre outros, que deveriam ser formais com gravação e registro de ata. No caso da reunião com o Assistente Legislativo, Sr. Carlos Augusto Siqueira da Rocha, o Sr. Mário de Arimatéia relatou que o nome dele não foi citado em reunião ordinária, o que citou- se foi: “funcionários da secretaria” e que o Assistente Legislativo não aceita ser advertido.  Continuando, o Sr. Mário disse que, depois da reunião informal o Sr. Carlos Augusto enviou 3 (três) mensagens ao vereador Sr. Mauro dos Santos, jogando algum vereador desta Casa contra ele, dizendo que há um vereador que é o mal desta Casa. O Sr. Mário de Arimatéia disse que esperava que o Sr. Mauro dos Santos mostrasse as mensagens para a Presidência e completou afirmando que defende todos os vereadores desta Casa. Ele relatou que um cidadão pediu cópia dos ofícios que ele enviou ao laticínio, em São Paulo, e ele entrou no site da Câmara para procurar e constatou que, há quase um mês, os ofícios não estão sendo publicados e que o funcionário Carlos Augusto era o responsável, na presidência do Sr. Mário, para passar as publicações ao prestador de serviço que cuida do site da Câmara e ao Jornal. Ele ressaltou que consta no Regimento, se o Presidente se eximir de fazer alguma publicação, a responsabilidade é do vice-presidente. O Sr. Mário de Arimatéia relatou que o funcionário Sr. Carlos Augusto não aceita ser advertido e ainda notifica os vereadores e que se a reunião informal feita com ele tivesse registro de ata ele não teria mandado as mensagens para o vereador Sr. Mauro dos Santos. O Sr. Mário de Arimatéia afirmou que vai querer saber do Sr. Carlos Augusto quem é o mal desta Casa porque cada um dos vereadores irá se defender. Continuando o assunto sobre as reuniões informais, o Sr. Mário expôs que, ao término da reunião do dia 10/04/2015, o Sr. Presidente falou que a Secretária queria “dar uma palavrinha” aos vereadores. O Sr. Mário achou que poderia ser um recado ou algo do âmbito municipal, porém a Secretária queria discutir um assunto de muita relevância, no qual o principal interessado é o povo de Aiuruoca. Ele disse que expressou sua opinião e a Secretária não concordou, gerando um conflito e solicitou que, quando alguém da Prefeitura quiser discutir algum assunto de interesse público, que seja discutido em plenário. O assunto é que a Secretária quer dividir a responsabilidade, em relação aos critérios para o atendimento municipal da saúde, ele expressou sua opinião, embasado no art. 196 da Constituição que diz que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e serviços para sua promoção, proteção e recuperação e também nos artigos 197 e 198 e que essa é sua opinião como vereador, que também é garantido o direito de sua opinião pela Constituição. Ele afirmou que jamais irá impedir que um cidadão tenha acesso à saúde e a atual administração quer formular critérios para o acesso à saúde e que ele não irá dividir essa responsabilidade e, se algum vereador quiser apoiar a decisão da administração ele respeitará a decisão de cada um. Também ressaltou que este assunto não poderia ser discutido em reunião informal e que sua opinião é que o acesso à saúde é universal e que o dinheiro dos impostos deve ser usado para saúde, educação, segurança, etc. Em seguida, a palavra foi passada aos vereadores e o Sr. Rafael de Andrade disse, como vereador e irmão da Secretária, que poderia ser qualquer outra pessoa, que ela veio trazer um assunto para ser ouvido e questionado e que cada um deveria expressar sua opinião, sendo a favor ou contra, porém ele não gostou da atitude do vice- presidente com a Secretária. O Sr. Rafael concordou com o vereador Sr. Mário de Arimatéia em relação às reuniões serem gravadas. O Sr. Mário respondeu que respeita e entende a opinião do Sr. Rafael e que não tem nada contra a Secretária e que não desrespeitou a honra dela, enquanto ela desrespeitou a dele. O Sr. Mário completou dizendo que não participa mais de reuniões informais sem gravação e registro de ata na Câmara. Posteriormente, o vereador Sr. Mauro dos Santos fez uma ressalva na fala do Sr. Mário de Arimatéia em relação aos arts. 196,197 e 198 da Constituição relatando que eles são muito amplos, mas que é preciso observar as condições do nosso município e que tem que ser cobrado dos governantes e ver qual o critério usado, já que o direito à saúde é de todos. O Sr. Mauro dos Santos afirmou que é a favor da opinião do Sr. Mário de Arimatéia e que as reuniões na Câmara sejam gravadas. O Sr. Mário afirmou que os vereadores não podem fazer parte desses critérios de execução do município. Logo após, o vereador Sr. José Mauro Amaral expôs que é a favor do Sr. Mário em relação às reuniões informais que na verdade devem ser discutidas em plenário e gravadas, porém o Sr. José Mauro Amaral disse que não entendeu que a Secretária queria dividir responsabilidade, mas sim ouvir as opiniões dos vereadores sobre usar ou não tais critérios da assistência social. O Sr. Mário relatou que o problema é que pessoas de baixo poder aquisitivo procuraram a Câmara para reclamar que não estavam conseguindo remédios e estava sendo passado que isso acontecia por causa da Câmara. O Sr. José Mauro Amaral disse que a Secretária não estava má intencionada. O Sr. Mário de Arimatéia expôs que não estava discutindo a intenção da Secretária, somente as consequências das reuniões informais e que é perigoso para os vereadores assumirem responsabilidades que não são da alçada deles. O Sr. Mário de Arimatéia deixou claro que, em nenhum momento, questionou o Sr. Presidente por ter feito a reunião informal com a Secretária, porque isso tem acontecido com outros presidentes. O Sr. Presidente esclareceu que não sabe o motivo dos ofícios não estarem sendo publicados. Ele disse que isso não é algo que o Sr. Presidente deve preocupar e ele completou dizendo que é responsabilidade do funcionário. O Sr. Mário indagou se os vereadores serão notificados novamente alegando- se que foi questionada a capacidade profissional do funcionário. Ele disse que nunca pisou em nenhum funcionário e que não explora o suor de ninguém e quem tem a voz de comando nesta Casa é quem representa o povo, ou seja, os vereadores, e que eles têm o direito de questionar. Finalizando, ele afirmou que defende o direito do cidadão e que os critérios são válidos, porém questionáveis. Ele deu o exemplo do acidente do vereador Sr. Francisco Lázaro em que uma fagulha de arame perfurou o olho dele e ele precisaria ser transferido para Belo Horizonte devido à gravidade do problema e a ambulância estava demorando para realizar o transporte, então o ele avisou ao Sr. Presidente que assumiria a responsabilidade para que o Sr. Francisco fosse levado no carro da Câmara, pois se demorasse mais uma hora o olho entraria em colapso, porém a ambulância apareceu. Então, ele questionou como o plantonista que mora na rua do galpão demorou quase 2 horas para pegar o carro. Ele também citou o exemplo do plantão de “araque” na escola do Matutu. Ele afirmou que os vereadores têm que questionar. Depois, o vereador Sr. Mauro dos Santos disse que irá provar sua inocência e que jamais usaria o nome de algum vereador para se promover. Dando continuidade, o Sr. Presidente relatou que, em relação à reunião informal com a Secretária de Saúde, os vereadores concordaram, mas que isso não acontecerá novamente. Logo após, o vereador Sr. João Batista de Frias disse que concorda que todas as reuniões sejam gravadas e concordou com o vereador Sr. Rafael de Andrade sobre a maneira a Secretária foi tratada. O vereador Sr. Mário disse que estava somente defendendo sua honra. Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente encerrou a Reunião mandando que se lavrasse a presente ata a qual, após lida e aprovada, será por todos assinada.